terça-feira, 16 de novembro de 2010

A HISTÓRIA DO AUTOMOBILISMO!!!






A invenção do motor Four-stroke pelo engenheiro Nikolaus Otto em meados de 1870 marca o início de um esporte que rapidamente conquistou o mundo. Ao final de seus trabalhos, Otto juntamente com seu assistente Gottlieb Daimler concluíram seus trabalhos sobre esse motor que mudaria o curso de tudo, até então implantado, em motocicletas.

Naquele mesmo ano de 1885, outro alemão chamado Karl Benz construiu o primeiro automóvel em linha. A partir daí, com o domínio da técnica, os construtores começaram a competir informalmente entre si mais para quebra de recordes de velocidades ou distâncias.

Em 1904 é fundada a Fédération Internationale de l`Automobile (FIA), juntamente com a Fédération Internationale des Motorcycles Clubs (FIMC) que posteriormente tornou-se a Federação Internacional de Motociclismo (FIM). Desde então as competições de automobilismo vêm sendo realizadas regularmente e de todos os tipos, sejam em circuitos de rua, fechados ou corridas off-road, sempre com o crivo da FIA.

No Brasil

A História do Automobilismo no Brasil teve início curioso. O pioneiro da aviação Alberto Santos-Dumont foi quem trouxe o primeiro automóvel para seu país, no ano de 1891. O detalhe é que esse automóvel foi utilizado mais para experimentos com a mecânica de motores do que para o próprio transporte; experimentos esses que culminaram no 14-BIS.

As atividades automobilísticas começaram em 1908 com o Conde Lesdain, um francês já famoso por seus feitos com seu Brasier no Marrocos e Argélia. O Conde fez a primeira viagem Rio de Janeiro - São Paulo, um percurso de 700 km entre picadas e estradas para carros de boi com duração de 45 dias. O primeiro brasileiro a percorrer um trajeto semelhante foi Antônio Prado Jr., no dia 16 de abril de 1908. Sua equipe de três pessoas levou 37 horas entre São Paulo e Santos.

A primeira corrida oficial aconteceu ainda no ano de 1908, no dia 26 de julho. Estiveram presentes 10 mil pessoas no Circuito de Itapecerica – trajeto que ia do campo do Parque Antártica até o centro da cidade de Itapecerica da Serra, ida e volta equivalendo 75 km. O vencedor foi o Conde Sylvio Álvares Penteado, a bordo de seu Fiat. Até então, todos os carros usados em corridas da época teriam de ser importados da Europa ou Estados Unidos. Essa hegemonia foi quebrada em 1931, quando Cássio Muniz construiu o primeiro carro de corrida do Brasil,com toda a mecânica nacional, ainda sim sendo obrigado a importar o motor Chevrolet.

Esse feito marcou o automobilismo brasileiro, causando uma febre nacional em relação ao esporte, tanto que depois de muito pleitear junto à Fédération International de l`Autimobile (FIA), aconteceu o I Grande Prêmio Cidade do Rio de Janeiro no ano de 1933, no recente Circuito da Gávea, um dos mais desafiadores da época. Esse evento organizado pelo Automóvel Clube do Brasil (entidade que controlou o Automobilismo e inclusive as leis de trânsito no país) teve vitória do brasileiro Manuel de Teffé, pilotando um Alfa Romeo. Teffé foi um dos grandes nomes do automobilismo na época, competindo quase que em igualdade com os grandes nomes europeus que vieram competir no Brasil.

Até aquele momento todos os circuitos do Brasil eram organizados nas ruas das grandes capitais ou nas primeiras rodovias. No dia 12 de maio de 1940 foi inaugurado o primeiro circuito fechado do país, o Autódromo de Interlagos. Ainda com instalações precárias (não havia lanchonetes ou sanitários), o autódromo só foi concluído no fim da década de 60.

Não se deve falar dos primórdios do automobilismo brasileiro sem falar de Chico Landi. Sua primeira corrida foi o II GP Cidade do Rio de Janeiro, em 1934, e teve seu ápice profissional entre 1948 e 1952, com as vitórias no GP de Bari na Itália. Sua carreira na Europa só não foi melhor por receber tratamento inferior em relação aos colegas de equipe, todos europeus. Landi foi o primeiro piloto do continente americano a vencer uma prova na Europa e também protagonizou a primeira vitória oficial de uma escuderia cujo próprio dono pediu sua contratação, a Ferrari; além de ser o primeiro piloto brasileiro a pontuar na Fórmula 1.

Interlagos tornou-se o grande centro automobilístico do Brasil quando em 1954 foi disputada a ultima corrida no Circuito da gávea, então já obsoleto para as velocidades que já se alcançava. Criou-se então em 1956 uma prova que marcaria a historia do nosso automobilismo: as Mil Milhas, onde inúmeros pilotos foram revelados. Eram 201 voltas no antigo traçado. Como não podiam ser importados modelos para correrem a prova, todos os esforços voltaram-se para os veículos nacionais. Mas com o alto índice de acidentes provocados pela falta de segurança do autódromo, este é fechado em 67 para reformas; nesse período, uma jovem promessa era obrigada a tentar a vida na Europa, Emerson Fittipaldi. A vantagem é que logo foram inaugurados circuitos ao longo do país como o de Curitiba, Fortaleza, Tarumã (RS) e posteriormente Jacarepaguá (RJ), como resultado surgem pilotos fora do eixo Rio – São Paulo.

O retorno de Interlagos se dá com o fim da segunda reforma em 69 com algumas provas de exibição de categorias européias e em 71, com um GP extra – oficial de Fórmula 1, que viria definitivamente no ano seguinte.

O Automobilismo Brasileiro é então comandado pelos Stock Cars nas décadas de 70 e principalmente 80, pois as atenções e a paixão dos brasileiros era acompanhar o desempenho dos pilotos brasileiros nos grandes campeonatos europeus, principalmente a Fórmula 1 que nos acostumou a vermos nossos pilotos levarem o Brasil ao ponto mais alto do pódio com o bicampeão Emerson Fittipaldi e os tricampeões Nelson Piquet e Ayrton Senna.

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

A HISTÓRIA DO ALPINISMO!!!


Com o crescente interesse pelas atividades ao ar livre, o alpinismo vem ganhando cada vez mais popularidade no Brasil, o nde recebe também a denominação de montanhismo. É importante salientar uma diferença que se adotou no Brasil entre estes dois conceitos. Montanhismo seria a prática de atividades em regiões montanhosas, como caminhadas e acampamentos, porém sem a necessidade de equipamentos específicos. Já o alpinismo se refere ao ato de escalar uma montanha, seja nos Alpes ou em qualquer outro lugar, usando para isso equipamentos técnicos, como calçados especiais, cordas e grampos, equipamentos estes tanto mais sofisticados quanto maior a dificuldade a ser enfrentada. Sendo assim, o alpinismo não se limita somente aos Alpes, mas também a todas as montanhas da Terra, embora tenha se tentado utilizar neologismos como "pirineismo", "andinismo" e "himalaismo", que não prosperaram.

A história do alpinismo se perde na antigüidade, entre tribos primitivas que adoravam as montanhas como refúgio dos deuses, exércitos que cruzavam cordilheiras em busca de liberdade e poder, poetas e monges que procuravam inspiração entre os picos mais escarpados. A maioria dos resultados destas primeiras experiências foram relatos assustadores, o nde o homem impressionava-se por fenômenos naturais ainda desconhecidos, aos quais se atribuía uma origem misteriosa, divina, ou até infernal.

A curiosidade humana foi se aguçando em relação as montanhas até os idos do século XVIII. O surgimento do iluminismo levou o homem ao desejo de conhecer melhor a si mesmo e ao mundo que o rodeava. Os mares do mundo já haviam sido percorridos, as terras descobertas, mas as grandes cadeias de montanhas estavam completamente inexploradas. Assim sendo, a conquista das montanhas representava um meio para realizar certas experiências e alcançar uma verdade que, até então, parecia ter-se querido ocultar do homem.

Este desafio foi aceito por Horace Saussure, naturalista, físico e professor de Filosofia na Universidade de Genebra. Uma montanha constituía para ele uma verdadeira obsessão: o Mont Blanc, de 4.807m de altitude, ponto culminante dos Alpes Europeus, encravado entre a França e a Itália. Saussure imaginava que, se chegasse a escalar este pico, poderia realizar inúmeras experiências científicas que lhe proporcionariam uma merecida fama. Seguiu então em 1760 para o vale de Chamonix, que se estende no lado francês do Mont Blanc, oferecendo uma grande soma em dinheiro para aqueles que o ajudassem na escalada. Foram inúmeras tentativas para, somente após 26 anos, Saussure ter o seu grande sonho realizado. A escalada do Mont Blanc aconteceu no dia 8 de agosto de 1786 pelo médico Michel-Gabriel Paccard e pelo pesquisador de diamantes Jacques Balmat. Um ano depois o próprio Saussure logrou chegar no cume do Mont Blanc, guiado por Jacques Balmat e acompanhado por 17 homens. Tal número de acompanhantes, era necessário devido a grande quantidade de equipamentos científicos, com os quais se realizaram experiências durante as quatro horas e meia que se permaneceram no cume.

Embora o marco inicial do alpinismo realmente tenha sido a escalada do Mont Blanc, uma outra montanha desempenhou um papel fundamental para que ele se afirmasse como esporte. Trata-se do Matterhorn, como é chamado na Suíça, ou Cervino, como é chamado na Itália. Seus 4.478m acham-se espremidos entre estes dois paises e foram vencidos pela primeira vez em 1865 pelo alpinista inglês Edward Wimper, culminando a idade do ouro do alpinismo. Nesta época os ingleses praticamente revolucionaram as técnicas usadas anteriormente, buscando as encostas mais empinadas e superando obstáculos que jamais haviam sido enfrentados.

Após a escalada das maiores montanhas dos Alpes Europeus, o homem partiu para as desconhecidas montanhas dos outros continentes. Assim, em 1889, era escalado o Kilimanjaro na África, em 1897 o Aconcágua, na América do Sul, em 1913 o McKinley, na América do Norte.

O ano de 1936 foi o próximo grande marco para o alpinismo mundial. Uma expedição britânica/americana consegue superar os 7.816m de altitude do Nanda Devi, a 25ª maior montanha do mundo, situada na Índia. Foi um êxito sem precedentes, não somente porque se tratava da mais alta montanha escalada até então, mas porque marcava o início das conquistas realizadas no Himalaia. O próximo feito histórico foi a escalada do Annapurna, no Nepal, com 8.091m, o primeiro oito mil a ser vencido pelo homem (existem apenas 14 montanhas no mundo com mais de oito mil metros de altitude).

Coroando a época das conquistas, por fim, acontece a mais esperada de todas elas. No dia 29 de maio de 1953, e após 32 anos de tentativas, o homem chega pela primeira vez aos 8.848m do Everest, o Topo do Mundo. Os heróis deste feito glorioso foram o neozelandês Edmund Hillary e o nepalês Tenzing Norgay, participantes de uma expedição britânica.